Tuesday, March 27, 2007

Scoop – O Grande Furonota: 8


Scoop é o novo filme de Woody Allen, famoso diretor nova-iorquino. Em Scoop, Allen repete duas boas parcerias de Match Point: com o cenário Inglês e com Scarlett Johansson, declarada sua nova musa. Dizem que o Woody Allen fez o roteiro especialmente para ela. OK, Scarlett é linda, talentosa, competente e tudo mais, mas essa moça anda trabalhando demais! Já estou ficando enjoado de vê-la em tudo quanto é filme! Mas isso não afeta em nada o filme, só queria comentar...

O novo filme é uma divertida e leve comédia, sem grandes pretensões além de divertir e entreter, diferentemente de Match Point. E quem disse que isso é ruim? Scoop cumpre seu papel com maestria, com piadas inteligentes e comédia de situação como não se via desde Little Miss Sunshine. Não há as piadas prontas dos filmes comerciais de hoje, como referências a gases, esteriótipos ou sátiras baratas. Neste sentido, Scoop chega a ser um alívio para a comédia.

O início tem tom enigmático, há várias pessoas em um barco, navegando por águas turvas e com fundo escuro. Então nos deparamos com a dona Morte. Em uma conversa entre dois “mortos”, um ex-jornalista descobre que Peter Lyman, o filho de um famoso magnata, provavelmente é um serial killer. Este seria o furo de reportagem do século (furo, neste sentido em inglês: Scoop!). Que diferença faria? Agora ele já estava morto de qualquer modo.


De volta à realidade, Scarlett vive Sondra Pransky, uma estabanada estudante de jornalismo, desajeitada e com óculos no rosto. Quase uma nerd. Um belo dia, ela assiste a um show de mágica e é escolhida como a candidata da platéia para desaparecer em uma cabine. No entanto, enquanto se procede a “mágica”, algo realmente surpreendente acontece: o fantasma do tal jornalista se materializa em sua frente! Ele conta os detalhes do caso, e pede a ela que procure as provas e publique a história. Então se inicia a busca pela matéria, mas para isto ela deve se envolver com o possível assassino, vivido por Hugh Jackman (isso mesmo, o Wolverine). Sondra não está sozinha nessa, ela tem a ajuda do atrapalhado mágico, interpretado pelo próprio Woody Allen, que está absolutamente impagável no papel. Allen é um show à parte no filme.


Em seguida há diversas seqüências engraçadíssimas em busca da verdade sobre Peter. Claro que não é preciso dizer que nem tudo é o que parece, e que há um romance pronto para desabrochar. Mas não há motivos de preocupação, não existe a menor intenção deste filme em ser um suspense, muito menos uma comédia romântica água com açúcar. Scoop zomba disso também, pois é simplesmente uma comédia. Literalmente.

Wednesday, March 14, 2007

300 - nota 4

É, depois de mais de 6 meses de inatividade venho aqui contribuir com meus colegas.

"Trezentos"(menos estranho do que 300) é a mais nova empreitada hollywoodiana, um filme de ação sobre a tão famosa e "realista"(baseado nos contos q foram baseados no relato de um dos políticos da época q ouviu de um soldado q supostamente participou do momento histórico) estória da Batalha de Thermopylae em 480 A.C. É, como vcs podem notar, não tem nada de famoso ou verdadeiro sobre nossos colegas Espartanos.

A história do filme é nula. 300 Espartanos liderados por seu Rei Leônidas (Gerard Butler) contra não-sei-quantos-mil Persas liderados por Rodrigo Santoro (Yes, o Paulo de "Lost"), encarando um afeminado Imperador Persa chamado Xerxes. Bom, durante o filme foi percebendo e desenhando um paralelo com a situação da Guerra do Iraque. Sim, assim como na Guerra do Iraque os Espartanos estão lutando pela liberdade e pela democracia. Sim, assim como na Guerra do Iraque o Rei dos Espartanos vai à Guerra sem o apoio do Congresso, e sim depois o Congresso volta atrás e decide mandar mais tropas contra os Persas depois de ser tarde demais. Não sei se é porque estou nos EUA agora que isso me chamou muito a atenção...mas prestem atenção nisso. Interessante, porém nenhuma novidade. Além de tudo, não sou muito fã do culto à ignorância, nem à pátria, ideais que são sagrados no filme.

Pô, será que foi tão ruim assim? Não... gostaria de dividir a nota do filme em dois critérios, a história em si (peso 6,0, nota de "Trezentos"=0) e os efeitos especiais, sonoros e ação em geral (peso 4,0, nota de "Trezentos"=4,0). Sim, em termos de ação e efeitos o filme é fantástico, uma versão melhorada de "Sin Ciy", de mesmo autor, Frank Miller. As cenas são fantásticas, toda a violência e os efeitos de slow motion são realmente mto interessantes. A comparação com video games é válida e construtiva.

Então, vai minha sugestão...defina o q vc quer do filme, ação ou uma estória interessante, e você não se decepcionará. Ou irá ao Cinema e sairá feliz, ou não irá e ficará contente em não ter gastado seu dinheiro.


P.S.: Agora vai, vou fazer o máximo pra escrever mais!!!

Tuesday, March 13, 2007

Motoqueiro Fantasma - nota 4

Eu confesso que não conhecia as HQ's, a história ou lendas do Motoqueiro Fantasma antes da divulgação do filme. Antes de assisti-lo, o que eu sabia sobre o motoqueiro do crânio em chamas era apenas que a classificação do filme nos EUA havia mudado de Rated-R, 17 anos, para PG13, e que o lançamento havia sido adiado em mais de seis meses. Mau sinal... Assim sendo, não me sinto inibido em dizer que a adaptação para o cinema é sofrível. Como não há outra opção, vamos à história:


O alter ego do Motoqueiro Fantasma é Johnny Blaze, um cara que realiza shows com sua moto pulando sobre carros. Johnny vende sua alma ao diabo na adolescência, em troca da vida de seu pai. Com isto ele deixa para trás sua vida e namorada. Mais tarde o demônio tem alguns problemas no inferno e vai cobrar a dívida de Johnny, transformando-o em Motoqueiro Fantasma, um assustador esqueleto flamejante, justo na hora em que ele reencontra a antiga paixão. Agora Johnny deve enfrentar as forças do além ao mesmo em que protege a amada. Convenhamos, não tem historinha mais batida que essa.


O que estragou este filme é justamente a adequação à censura 13 anos, que impediu cenas mais fortes e ao mesmo tempo forçou a criação de um roteiro superficial. Mas será que adolescentes são tão burros assim? Não há diálogos um mínimo interessantes, cenas profundas, nada. O que poderia ser um personagem sombrio e complexo torna-se uma caricatura. Além disso, o filme é repleto de flashbacks desnecessários e redundâncias por toda a parte, para que até uma iguana seja capaz de acompanhar a história. Um título mais adequado seria “Ghost Rider for Dummies”.


O único ponto a se destacar é a qualidade da computação gráfica. A caveira flamejante e sua moto são impressionantes, reflexo dos meses a mais que a pós-produção ganhou para finalizar os trabalhos, mas não há computação gráfica que segure um roteiro tão fraco. Este provavelmente é o pior filme de Nicolas Cage que já vi. Teria ele também vendido a alma ao capeta?


Peço desculpas aos leitores do E-poltrona (será que ainda sobrou algum?) por retirar o blog de meses de ostracismo com provavelmente o pior filme já citado aqui, mas no fim das contas o que vale é a reafirmação da promessa: esperamos que as atualizações tornem-se mais constantes! Desta vez vai!