Wednesday, November 22, 2006

Volver nota 8,5


Volver é o novo filme do cineasta Pedro Almodóvar (Fale com Ela, A Má Educação), com elenco encabeçado por Penélope Cruz, atriz latina bastante conhecida no circuito hollywoodiano e que agora retorna a uma produção espanhola em grande estilo. Almodóvar é de longe diretor de cinema mais aclamado e reconhecido da Espanha, atualmente. E no que depender de Volver, continuará sendo por mais algum tempo.


A história é centrada em Raimunda, uma brava mãe de família, que sustenta a filha e o marido desempregado, e suas relações com a irmã Sole, sua Tia Paula e sua falecida mãe. As tragédias e mistérios sobre sua família dão o tom do filme. A cada nova descoberta o enredo fica mais interessante, e descobre-se a força das mulheres do filme. A boa notícia aqui é que a história é bem mais leve do que os anteriores “Fale com Ela” e “A Má Educação” que, apesar de brilhantes, possuem acontecimentos e cenas que beiram o doentio.


Os filmes de Almodóvar sempre se destacaram por aboradar preferencialmente o universo feminino, e novamente as mulheres são os elementos principais, desta vez ocupando todos os papéis importantes. Volver em espanhol significa virar, voltar. No fundo, acaba sendo uma história sobre as desventuras de Raimunda em busca de uma vida melhor, e como acaba encontrando paralelos com a vida de sua mãe, onde descobre que voltar nem sempre é uma tarefa simples.

Wednesday, November 08, 2006


O E-poltrona NÃO Recomenda...

Não é costume deste blog publicar matérias de outros sites, mas vi uma matéria da seção de cinema do Terra (http://cinema.terra.com.br/interna/0,,OI1232647-EI1176,00.html) que merece ser divulgada aqui, até pela relevância: “Os Piores Filmes do Século 20”.

Aqui o prêmio Framboesa de Ouro é citado várias vezes. Para quem não conhece, ele é uma já tradicional “premiação”, algo como um anti - Oscar, que revela os piores do ano.

Um site norte-americano especializado em "filmes ruins", chamado "The Stinkers" (algo como "Os Podres"), fez uma pesquisa entre seus visitantes para eleger os 100 piores filmes do século 20.

Confira os dez primeiros colocados na pesquisa:

10. Waterworld, O Segredo das Águas, 1995
Kevin Costner estrelou o filme que foi considerado o mais caro de todos os tempos, custando US$ 175 milhões para ser produzido. O longa mostra a Terra no futuro, quando as calotas polares derretem e os homens passam a viver num planeta aquático. Ganhou o Framboesa de Ouro de pior ator coadjuvante (Dennis Hopper), além de ter recebido outras três indicações.

9. A Bruxa de Blair, 1999
Apesar de ser recordista nas bilheterias (o filme custou apenas US$ 50 mil e arrecadou, nas bilheterias mundias, cerca de US$ 20 milhões), o longa entrou na lista dos piores filmes. A produção foi indicada ao Framboesa de Ouro de pior filme e Heather Donahue ganhou o prêmio de pior atriz.

8. Showgirls, 1995
Elizabeth Berkeley vive uma garota do interior dos EUA que decide tentar a sorte como dançarina em Las Vegas. O longa é, até hoje, o recordista em indicações e premiações na história do Framboesa de Ouro. A produção ganhou 6 Framboesas de Ouro: pior filme, pior diretor, pior atriz (Elizabeth Berkeley), pior revelação (Elizabeth Berkeley), pior roteiro e pior canção ("Walk Into the Wind").

7. Isto é Pat, 1994
Julia Sweeney vive Pat, uma personagem ambígua, que ninguém sabe se é homem ou mulher. Essa dúvida atormenta os vizinhos, que para descobrirem a resposta, são capazes de tudo. A personagem foi tirada do seriado Saturday Night Live. O longa concorreu ao Framboesa de Ouro de pior filme em 1996, perdendo para Showgirls.

6. Velocidade Máxima 2, 1997
Sandra Bullock volta aos cinemas como a personagem Annie do sucesso Velocidade Máxima (1994). No filme, Annie e seu novo namorado embarcam num cruzeiro de férias no Caribe, e acabam enfrentando terroristas que tomam conta do navio. Indicado ao Framboesa de Ouro em sete categorias, o longa ganhou o prêmio de pior seqüência ou remake.

5. Spice World - O Mundo das Spice Girls, 1997
Indicadas ao Framboesa de Ouro de pior filme em 1999, as meninas do extinto Spice Girls não foram felizes em sua aventura na telona. O longa mostra as cantoras em sua turnê com sua equipe de produção que está gravando um documentário sobre as Spice Girls.

4. Howard, o Super-Herói, 1986
Mesmo sendo produzido por George Lucas, o longa com um pato como super-herói não vingou. O filme baseado no personagem de história em quadrinhos de mesmo nome, da Marvel Comics trazia Lea Thompson como atriz principal. Com inúmeras críticas negativas da imprensa, o filme ganhou o Framboesa de Ouro de pior filme em 1987.

3. Batman & Robin, 1997
O quarto filme da série do super-herói, dirigido por Joel Schumacher e com George Clooney no papel de homem-morcego, foi um fracasso de crítica e de bilheteria. O longa custou cerca de US$ 125 milhões e arrecadou apenas US$ 107 milhões nos EUA. A produção que conta com Chris O'Donnell como Robin e Alicia Silverstone como Batgirl foi indicado ao Framboesa de Ouro em 11 categorias.

2. As Loucas Aventuras de James West, 1999
Na aventura de 1999 baseada em um seriado de TV, Will Smith e Kevin Kline vivem um herói de guerra e um inventor, respectivamente, chamados pelo presidente dos Estados Unidos para impedir os planos de do homem máquina Arliss Lovelss (Kenneth Branagh). Apesar de um grande elenco, o longa ganhou o Framboesa de Ouro de pior filme em 2000.


1. A Reconquista, 2001

O filme de 2001, dirigido por Roger Christian e estrelado por John Travolta, se passa mil anos no futuro. Uma raça alienígena, os Psyclos, conquista a Terra e a transforma numa colônia. Diante dessa situação, um herói rebelde lidera uma revolta contra os extraterrestres. Travolta ganhou o Framboesa de Ouro por pior dupla.




O mais engraçado é que muitos destes filmes são famosos, eu por exemplo assisti nada menos que 7 deles. Mostrei esta lista a um amigo, e após algumas risadas veio o comentário:

- Não vi este A Reconquista, mas me lembro até hoje de uma crítica que li na época do seu lançamento: “Nem cem chimpanzés com cem gizes nas mãos conseguiriam fazer algo tão idiota.”

Tuesday, October 24, 2006

Little Miss Sunshinenota 7,5

Em uma época em que as comédias estão cada vez mais banalizadas, um filme inteligente como Pequena Miss Sunshine é de encher os olhos. Logo nos primeiros segundos dele, somos rapidamente apresentados à familia Hoover, que é composta basicamente por:


  • Olive, uma pequena garotinha, que tem obsessão por concursos de Miss.

  • Dwayne, um adolescente esquisitão, que fez voto de silêncio.

  • O vovô, viciado em heroína desde que foi expulso do asilo.

  • Richard, o pai da família, que dá palestras sobre como se tornar um vencedor.

  • Sheryl, a mãe, que tem como função deixar a família em pé.

  • Frank, irmão de Sheryl, um homossexual suicida.


Logo que se identificam os problemas internos da família (que não são poucos), Olive recebe uma notícia fantástica: ela fora convidada para o consurso Pequena Miss Sunshine, e teria a grande chance de realizar seu sonho. Mas os problemas logo aparecem, o concurso seria realizado do outro lado do país, e não há dinheiro para uma viagem de avião. Vovô tem que ir, pois ele ensinara os passos para a pequena miss, mamãe tem que cuidar de Frank, para que ele não tente novo suicídio, Richard é o único que pode dirigir a Kombi da família, e Dwayne não pode ficar sozinho. Solução prática: vão todos ao 24° concurso Little Miss Sunshine!


A partir de então se inicia um road-movie de situações embaraçosas e engraçadas, com os Hoover atravessando o país para levar Olive ao Little Miss Sunshine, incluindo cenas engraçadíssimas com a Kombi que só funciona a partir da 3ª marcha e com a apresentação da menina no concurso, que sem dúvida é singular.


A grande sacada deste filme é não superficializar seus personagens. À medida que o tempo passa, cada um vai ficando mais complexo, mais longe das caricaturas iniciais. E isto diferencia o filme de “sessões da tarde” pastelão. Sim, Pequena Miss Sunshine é muito engraçado, oras com humor fácil, oras com sutileza, mas é sobretudo um filme sobre aceitação de si próprio. Este filme independente foi a grande sensação nos primeiros dias do Festival de Sundance de 2006.

A Dália Negranota 8

O novo filme de Brian de Palma, Black Dahlia, é um verdadeiro tributo aos filmes policiais da década de 40. E tem todos os elementos necessários para tal: dois parceiros policiais, damas fatais, triângulos amorosos, drogas, dinheiro sujo, promiscuidade, corrupção e o mais importante, um assassinato tão misterioso quanto violento a ser investigado.


Bucky Bleichert e Lee Blanchard são dois ex-pugilistas rivais, conhecidos como Ice e Fire, que agora são parceiros trabalhando como detetives na cidade de Los Angeles. Scarlett Johansson está magnífica no papel da sensual Kay Lake, namorada de Lee, mas que obviamente também desperta desejos em seu parceiro.


Tudo está perfeito até que um crime choca a comunidade local, o assassinato brutal de uma jovem aspirante a atriz, conhecida como Dália Negra, e que dá origem ao título. O caso logo é dado a Mr. Ice e Mr. Fire, e as investigações vão lentamente levando-os a descobertas surpreendentes, principalmente sobre certos membros da comunidade e o passado de cada um.


A trama é inteligente e bastante envolvente, consegue ser complicada sem ser confusa. O caso do assassinato da Dália Negra realmente prende os olhos do espectador do começo ao fim, com direito a algumas imagens e cenas bastante fortes, atenção para os estômagos fracos!


O grande barato deste filme é sua bem-sucedida intenção de se parecer com uma película rodada há 60 anos, além do tema, da ambientação e narração em primeira pessoa, temos trilha sonora e as tomadas e cortes feitas a lá anos 50. Com tudo isso, Dália Negra já nasce antigo, na melhor concepção da palavra. É como assistir a um clássico recém saído do forno.

Friday, October 20, 2006

Como Enlouquecer Seu Chefe - nota:6

Dentre os vários lançamentos em cinema e DVD atualmente, uma comédia que encontrei por acaso em um saldão me chamou a atenção: Como Enlouquecer Seu Chefe, subtítulo "Trabalhar é um Porre". Sugestivo, não?

Pois resolvi conferir a produção, feita na já distante data de 1999. Peter Gibbons é um programador, cuja função é olhar os códigos do um programa do Banco e corrigir os valores do ano para 4 dígitos, afim de evitar o já lendário "Bug do Milênio". Lembra?!?

Peter tem uma rotina sofrível, acorda cedo, pega aquele trânsito infernal, senta em sua baia e passa as 9 horas seguintes olhando para o computador fazendo seu trabalho chato, exceto quando um dos seus 8 chefes vem conversar sobre a mesma burocracia ou quando um de seus insuportáveis colegas o interrompe. Aí está o grande trunfo do filme, ele causa identificação imediata com qualquer um que vive uma rotina de escritório. Cada situação incômoda é explorada com um nada sutil lado cômico, e funciona muito bem.

Até que nosso herói percebe que a situação está cada vez pior, quando constata que a cada dia vive o pior dia de sua vida, e decide mudar. Com a ajuda de seu psicólogo torna-se uma pessoa mais tranquila, aquela que todos gostaríamos de ser: chega horas atrasado todos os dias, vestindo chinelos, passa o dia jogando tetris e não desvia os olhos nem para conversar com o chefe. Ele arruma uma namorada, vivida por Jennifer Aniston, que também odeia o emprego. Ponto alto acontece quando é questionado sobre sua rotina por um consultor:

“Chego todos os dias 15 a 30 minutos atrasado, mas entro pela porta lateral onde ninguém percebe. Então passo cerca de uma hora em off. Sim, parece que eu estou trabalhando, mas não estou. O mesmo acontece após o almoço. Tento me concentrar mas não consigo, por isso saio para tomar café, vou ao banheiro... Somando tudo, devo trabalhar de verdade cerca de 20 minutos por dia.”

Infelizmente a qualidade cai bastante depois e as situações não conseguem sair do lugar-comum, apesar de ainda renderem boas risadas, especialmente com os vários personagens caricatos que fazem parte do escritório. Ainda bem que o recado já está mais do que passado a esta altura. Como Enlouquecer Seu Chefe é uma comédia gostosa, que vale a pensa assistir, especialmente naquele dia em que você acorda sem a menor vontade de voltar a seu cubículo.

Tuesday, June 27, 2006

Poseidon - nota 5,5

Época de Copa do Mundo não é fácil. Todo mundo pára para ver jogos, bancos fecham, até a bolsa de valores é suspensa. Tudo que se vê e ouve está relacionado a futebol, TUDO. O cinema também entra nessa onda, pois como todos estão vendo os jogos, ninguém vai ao cinema. Confesso que, eu mesmo estive meio ocupado com aquele jogaço que foi Coréia do Sul X Togo. Fato é que com isso, as distribuidoras simplesmente não reservam lá muitos lançamentos interessantes para esta época. OK, só estou escrevendo tudo isto para justificar todo este tempo sem atualizações do e-poltrona. Mas não deixa de ser verdade.

Ainda assim, um filme me chamou a atenção. O filme-catástrofe Poseidon. Poseidon é um transatlântico de luxo que sofre um curioso acidente: uma onda gigantesca (aproveitando o embalo da tsunami na Indonésia) atinge o navio, tombando-o. Assim, os sobreviventes devem procurar uma saída do Poseidon pelo seu casco, mas seu tempo é curto, o navio está afundando. Esta é uma refilmagem de um sucesso da década de 70, mas acredito que poucos da minha geração sequer ouviram falar do original.

Não há como negar que a trama é bastante interessante. O filme também é, apesar de deixar a desejar em alguns quesitos. Seu ponto forte é, sem dúvida, apostar na ação. Com 10 minutos de filme, Poseidon já está de cabeça para baixo, sem enrolações, nem romances de Jack e Rose a lá Titanic. Aliás, as únicas semelhanças entre Poseidon e Titanic são o navio que afunda e a água para todo lado, ainda bem!

A partir disso, é ação contínua até o final, com cenas literalmente de prender a respiração. O suspense é forte, a sensação me lembrou muito o jogo do Sonic (pô, quem não jogou não teve infância!). Tem aquela fase que é debaixo d'agua, e o Sonic morre se fica muito tempo submerso, tudo após uma nervosa contagem regressiva. O filme dá uma sensação assim, e prende a atenção do começo ao fim, é bastante tenso.

No entanto, o filme não consegue escapar dos clichês mais comuns de hollywood, que o tornam extremamente previsível. Qualquer um que já assistiu meia dúzia de filmes-catástrofe típicos não é surpreendido em grande parte das cenas. É isto que separa os grandes filmes dos bons e medianos, como Poseidon.

Tuesday, May 30, 2006


O Código da Vinci - nota: 6



Eu acho muito difícil e errado comparar um filme a um livro, ainda mais que normalmente o sentido natural é o livro que dá origem ao filme. Portanto tentarei me desvincilhar desse lugar comum.

O Código da Vinci(agora junto com X-Men) é o blockbuster do momento. Foi o filme que abriu o Festival de Cannes em 2006 e só perdeu o primeiro lugar nas bilheterias americanas depois da estréia de X-Men. A história se passa nos tempos de agora, em que um misterioso assassinato do curador do museu do Louvre dá início a uma sucessão de fatos que podem mudar a posição da Igreja Católica no mundo, ao expor a história de um suposto "casamento" entre Jesus e Maria Madalena. Para decifrar esse assassinato a polícia francesa procura o simbologista Robert Langdon (Tom Hanks) e, com a ajuda de da policial Sophie Neveu (Audrey Tatou), eles correm pela Europa a procura de respostas aos enigmas impostos pela vítima, Jacques Sauniére.

Até então todos devem conhecer a história, nada de novo lhes foi apresentado. O que acho legal de destacar e de mencionar sobre o filme é que a história por ele descrita é tão interessante, de deixar fascinado, que é um filme que não se pode perder. Ainda mais quem, como acontece no Brasil, sempre esteve exposto a uma juventude e uma ética católica, pois rompe com tudo você sempre teve com indubtável (guardadas as devidas proporções, é lógico). Mas isso é trasmitido pelo filme? Em parte, confesso que o final me fez sentir essa sensação. Enquanto que no livro essa sensação foi mais constante. Para algumas pessoas o filme fará melhor efeito. Para outras o livro é melhor(que o livro é mais completo não há dúvidas). Sugiro que você tente os dois, pois dessa história há muito o que se extrair e entender.

É lógico que há no filme e no livro muitas invenções e muitos boatos, mas isso deve fazer parte de modo a deixar a história mais apresentável. Li o livro e vi o filme sem ler as críticas a história, sugiro que façam a mesma coisa. Depois sim separemos o que é fantasia e o que parece ser verdade. Além disso, para quem não sabe nada sobre arte(como eu), vale a pena dar uma olhada nessa história.


L'uomo vitruviano - Leonardo Da Vinci
X MEN 3 - O Confronto Final - nota:8

A ultima parte da primeira trilogia dos X-Men corria o sério risco de ser o mico do ano. Primeiro pela expectativa gerada pelo ótimo primeiro filme, e sua excelente sequência. Segundo por ser uma produção problemática.

O que esperar de um filme que teve o diretor trocado duas vezes, o que levou a um atraso, e consequentes filmagens e pós produção feitas a toques de caixa? Então começam a aparecer dezenas de mutantes na produção, e também começam a vazar MUITAS imagens e vídeos do filme. Quem, como eu, costuma acompanhar os bastidores sabe bem de tudo isso. E quem também é fã da série, ficou muito apreensivo quanto a esta estréia. Uma das melhores franquias atuais do cinema poderia estar arruinada.

Para acalmar os fãs: X3 é um ótimo filme. Se o roteiro fica devendo para os anteriores, há cenas de ação de tirar o fôlego, com efeitos especiais de primeira.

No filme, é descoberta uma suposta cura para o gene X, então os mutantes podem escolher se querem ser pessoas normais. Magneto (outra excelente interpretação de sir Ian MacKellen), logo identifica isto como uma ameaça, e arregimenta uma respeitável trupe de mutantes a seu favor. Paralelamente no lado dos X-men, Jean Grey reaparece, como a poderosa e confusa Fênix.


O resto é história, contadas por cenas bem trabalhadas e inúmeros efeitos visuais. Seu ponto forte é finalmente mostrar alguns mutantes usando seus poderes no limite (entre eles Magneto, Tempestade, Pyro, Iceman, Wolverine e Fênix), um deleite para fãs. O filme peca mesmo na falta de diálogos mais inteligentes e interessantes, principalmente os protagonizados por Professor X e Magneto, este último soa como um reles terrorista em alguns momentos. Somente aí se percebe a falta de Brian Singer, diretor dos dois primeiros (que agora está rodando Superman). Alguns mutantes acabam aparecendo muito pouco, muito pouco mesmo, o alívio é que eles poderão ser melhor abordados na próxima, afinal, com o grande sucesso de bilheteria, certamente haverá um X4 dentro de alguns anos.

Esta aparente falta de conteúdo se representa na duração, pouco mais de 1h30 somente. Mas devo ressaltar, são cerca de 100 minutos de diversão de muita qualidade. Um filme a ser revisto para reparar melhor nos detalhes.

Para os desavisados: não saiam do cinema antes dos créditos. Há uma cena importante escondida.

Abaixo estão escritos comentários im(pertinentes) para quem já viu o filme, por isso está com uma cor que se confunde com o fundo. Se você já viu, selecione o texto e leia. Se não viu, não o faça, vou estragar surpresas!!!

- Aquela cena em que o magneto desloca a ponte do Brooklin para chegar a Alcatraz, é só pra causar impacto mesmo, já que ninguém de fato cruza a ponte! Se eu fosse ele, pegaria um caminhão, talvez um barco...

- Na mesma cena, há dezenas de mutantes com eles, os 'peões' que são dizimados primeiro. Caramba, nenhum deles mostra nenhum poder!

- Uma amiga comentou comigo e eu concordo, A Vampira do cinema é muito chata! Ela só serve para ficar tendo crises existenciais!

- E quando será que vão resolver colocar o Gambit?

- Alguém ficou triste de o ciclope morrer logo no começo? Ele só estava no meio pra fazer número...

- Por acaso a Halle Berry é mulher do roteirista? Tantos mutantes e ela fica com quase todas as falas.

- Bem bolada aquela cena na Sala do Perigo, e eu achando que ia ter sentinelas nesse filme.

- Fiquei triste mesmo com a Jean. Será que ela renasce no próximo?
TESTE
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Wednesday, May 17, 2006



Missão Impossível IIInota: 5

Quando vamos ao cinema ver um filme de ação o que podemos esperar? Tiros, sangue, explosões e mortes? É, isso mesmo. Ao manter a fidelidade à esses critérios de avaliação, podemos classificar o novo filme de Tom Cruise, Missão Impossível III, como um filme que atinge o esperado. Nada além.

Em 2 horas de filme vemos nada mais do que Ethan Hunt (Tom Cruise), o agente secreto da IMF, trocando tiros em alta velocidade, disfarçando-se de outros personagens (já um aspecto da série), correndo contra o tempo, penetrando em impenetráveis lugares em vários cantos do planeta Terra, como no Vaticano, Berlim e até Xangai. Agora casado (fato importante no filme), ele descobre uma rede do crime que jamais pensara existir. Seu principal inimigo, principal criminoso perseguido,é Philip Seymour Hoffman, Oscar de melhor ator com Capote, e mostra de fato porque do prêmio. Com certeza sua atuação é o ponto alto do filme. Apesar de tudo temos que dar o braço a torcer para o diretor J. J. Adams (autor das séries “Alias” e “Lost”), pois MI 3 tem grande adrenalina do início ao fim, prendendo a atenção do espectador. Além deles, há ainda a participação de Laurence Fishbourne como o chefe de Hunt e , como não poderia faltar uma bela mulher, Michlle Monaghan.

Para quem quer uma sessão pipoca, esteja afim de relaxar sem maiores pretensões, é um bom filme para uma tarde. Mas que seja uma tarde de cinema em casa, pois no próprio cinema é capaz que você encontre indesejáveis grupos de adolescentes do sexo masculino que adoram “comentar” o filme concomitante com o decorrer de suas cenas.

p.s.: minha primeira resenha, ainda vou pegar o jeito!

Sunday, May 14, 2006

16 Quadras - nota: 6

Eu descrevi, em algum post anterior, como pode ser ruim a expectativa em torno de um filme. Do mesmo modo, a falta de expectativa pode ser benéfica. Ao assistir o trailer de 16 quadras, reagi com indiferença, nada que me motivasse.

Mas cinéfilo que se preze primeiro decide ir ao cinema, depois escolhe o filme! E com isso acabei por assistir ao filme do Bruce Willis. Seu personagem é Jack Mosley, um policial em fim de carreira, desiludido e alcoólatra (calma, não é o Hartigam de Sin City!). Ao fim de mais uma noite tediosa, ele se prepara para ir embora quando, de última hora recebe uma última e simples tarefa: levar um preso para depor. Daí o nome do filme, sua missão seria simplesmente conduzir o sujeito pelas 16 quadras que separam a delegacia do tribunal.

Então começa a reviravolta. Logo se descobre que o julgamento em questão envolve a polícia de NY, incluindo muitos colegas de Jack. E quando ele decide ficar do lado do 'bandido' ( ou seria do mocinho?), a coisa fica feia.


A tentativa de Jack de 'fazer a coisa certa' gera um filme com muita ação, sacadas inteligentes e reviravoltas interessantes. Em alguns momentos a câmera se move junto, o que dá um efeito legal, valorizando as cenas de ação, como em Supremacia Bourne. Devo ressaltar, nada de muito novo ou extremamente surpreendente.

Em soma é um bom filme, apesar de contar com personagens clichê: 'O tira decadente se redime', 'o tira corrupto', e o 'neguinho falante', sempre com gírias, responsável por algumas tiradas cômicas, para quebrar o gelo. People can change, valeu o ingresso.







Saturday, April 29, 2006

Requiem For a Dream - nota 10

Escolher palavras para falar de Requiem for a Dream é uma tarefa difícil. Talvez porque o filme realmente contenha uma mistura de sentimentos, talvez por incluir uma estética de filmagem diferente e surpreendente. Ou simplesmente por ser genial no que se prepõe.

O filme impressiona, tanto pelo roteiro como pela técnica de filmagem. O uso de drogas é retratado com maestria e sem pudores. Mas o grande diferencial, sem dúvida, é a estética visual. É como se o filme não mostrasse os fatos em si, mas sim o modo como nos lembramos deles algum tempo depois, ou como em um sonho. Ele é recheado de cenas surreais, para mostrar como nos sentimos em relação aos fatos, e não os fatos propriamente ditos. Tomadas fechadas, flashs rápidos, cenas em slow motion ou aceleradas, múltiplas imagens em cena, pontos de vista inusitados. Estes são apenas alguns dos truques usados para dar ao público a sensação esperada.

E o resultado disso tudo? Na maior parte das vezes você fica realmente confuso, fica difícil distinguir realidade de sonho com tanta distorção. É como se você estivesse drogado também, participando da ação, entendendo o sofrimento, e sofrendo junto. E a sequência final é uma nada agradável overdose. Por alguns minutos, você não pensa, não se move, não pisca, sequer respira com tanta angústia. Nenhum outro filme causa tanto impacto.

Não vou negar, ao fim você está um tanto deprimido. O filme te envolve de uma maneira que faz pensar em muita coisa ao mesmo tempo, principalmente sobre as consequências dos seus atos. Bem, não é a receita certa para uma tarde ensolarada mas, de vez em quando, faz bem parar para pensar olhando para as paredes.

Por tudo isto, este entra com certeza na lista dos imperdíveis. Após assistido, é amá-lo ou odiá-lo, mas é preciso experimentar!

E para quem gostar, baixe a trilha do filme: Clint Mansel - Requiem for a Dream Orchestral version. Ouvir esta música instrumental vai fazer reviver alguns dos sentimentos do filme, pois ela é identificada ao primeiro acorde.


ps: Ainda não se convenceu a ver o filme?? Ele é estrelado pela sempre competente e estonteante Jennifer Connelly, de 'Uma Mente Brilhante' e 'Casa de Areia e Névoa' entre outros. Acabaram as desculpas...

Thursday, April 20, 2006

O Albergue (Hostel) - Nota 6

O status de Quentin Tarantino em hollywood é realmente invejável. Qualquer filme que ele seja diretor, produtor, produtor executivo, assistente, co-assistente ou ator coadjuvante merece um olhar mais cuidadoso. O cara virou uma espécie de Midas.

Por isso o cartaz de 'O Albergue' tem seu nome em letras garrafais, apesar dele ser apenas produtor do filme. E para começar a conversa, este filme não chega aos pés de Kill Bill, Pulp Fiction e companhia. Ainda assim, não é ruim.

O filme começa em Amsterdam, onde encontramos três mochileiros, dois americanos encontram um irlandês ou islandês. Como bons jovens de vinte e poucos anos, tudo que eles querem em uma viagem dessas resume-se a bebidas, baladas e mulheres (não necessariamente nesta ordem). Então, em um albergue, encontram um sujeito que lhes dá uma dica, um albergue em um país do leste europeu, onde mulheres abundam.

Após pensar meia vez, os três resolvem conhecer o albergue. Eles encontram uma dessas cidades que pararam no tempo, com fábricas abandonadas, ruas silenciosas e gangues infantis. Além disso, deparam-se com um albergue repleto de.. mulheres sensacionais! Neste momento você pensa ter entrado na sala errada, de um cine pornô. Calma, você está na sala certa e o terror vai começar...

Acontece que nesta cidade existe uma 'empresa', cujo negócio consiste em sequestrar estrangeiros, subjugá-los e vender o produto 'tortura' para donos de muito dinheiro e mentes distorcidas. E um genuíno estadunidense é o produto mais valorizado (que bom que os americanos sabem que são detestados). Bom, depois aparece muito sangue e cenas não lá muito agradáveis para quem acabou de jantar. São dedos, pernas, olhos e principalmente sangue para todo lado. Faz-se basicamente tudo o que você gostaria de fazer com aquela maldita banda de rock, aquela que ensaia músicas mal-formadas no apartamento bem acima do seu, e que sabe exatamente os horários que você gostaria de descansar. Quero dizer, gostaria, mas nunca realmente faria... Ou não?

E o que tudo isto tem de mais? Nada, e esta é a graça. O filme não tem pretensões, e quem vai assisti-lo também não. Mas depara-se com uma obra que se destaca dentro deste gênero saturado, de filmes recentes como Jogos Mortais, Casa de Cera, Terror e Horror não sei aonde...

O filme tem suas qualidades, e talvez seja nestas horas que se percebe a mão de Tarantino:

- Cria-se empatia com os mochileiros, realmente os caras são gente boa!
- A cidade escolhida não poderia ser melhor, cidadezinhas americanas não são suspreendentes.
- Existe história, dá até para fazer algumas reflexões sobre a índole humana. De leve.

V de Vingança - nota 6

Confesso que eu sofro de uma certa síndrome de blockbuster. Existe uma certa tendência de eu não gostar muito dos filmes que eu mesmo aguardo com ansiedade. Daqueles que a gente fica lendo as notícias de desde muito antes da estréia, vê teasers, posteres, entrevistas com atores e diretores.


O fato é que cria-se uma expectativa, que sempre pode ser frustada se não me deparo com um filme realmente marcante. Na maioria das vezes os filmes não são ruins, às vezes são até bons, mas saio da sala com aquela sensação de 'poxa, então é isso!?'. O chato da história é que isto é tanto desagradável quanto inevitável.

Bom, toda esta enrolação é para começar a falar de V de Vingança.
O cenário é interessantíssimo. Estamos na Inglaterra em um futuro próximo. O país agora tem um governo totalitarista, e a calma é mantida na base da opressão e violência, com direito a toque de recolher e controle do estado sobre os meios de comunicação.

Sem mais delongas nos são apresentados V e Evey. V é um revolucionário de origem misteriosa e que está sempre com uma máscara, que provavelmente todo mundo já viu a esta altura. Chamo V de revolucionário, pois chamá-lo de terrorista tenta criar um alarde desnecessário sobre o filme, não vejo as coisas assim. Evey é uma pacata cidadã que logo encontra V, e também testemunha a explosão de um famoso monumento público. Comentário (des)necessário: Natalie Portman provou que fica bem até careca.


Então o filme vai aos poucos mostrando a história de V, e ao mesmo tempo mostra a evolução da revolução (com o perdão do trocadilho) pretendida por este, além da aproximação dele com Evey.

O enredo é bem trabalhado? Sim.
Efeitos especias são convincentes? Sim, mas não assista o filme por causa deles, são poucos e guardados para bons momentos.

O filme fica monótono? De maneira nenhuma.

Final? Apoteótico, mas não lá muito surpreendente.

O que não me convenceu no filme foi, primeiro, a formação de V, sua história e motivos. Não me empolgou. Segundo, o filme acaba e você percebe que a história é, no fundo, uma simples e fraca crítica a governos atuais. Não conheço os quadrinhos originais, mas parece que a famosa 'adaptação do roteiro' força demais ao dar o ar de contexto comtemporâneo. De repente assistir a um filme do Michael Moore adiciona mais nesse sentido.

Sunday, March 26, 2006


Franz Ferdinand, You Could Have It So Much Better - nota 8

Confesso que fiquei um tanto decepcionado com o último dos Strokes, um album que não é ruim e tem algumas das melhores músicas da banda como as excelentes: Heart in a Cage, Razorblade e 15 minutes. Mas a inspiração acaba aí, e o resto do trabalho tem músicas medianas, e três ou quatro realmente ruins. Bem, meio CD não é exatamente o que um fã espera de uma de suas bandas preferidas, daí a decepção, apesar do refrão de 15 Minutes ainda ecoar em minha cabeça.

E então pego o novo do Franz Ferdinand, mais um dos grupos da safra "bandas que vão salvar o rock" , cujo primeiro album já tinha deixado uma boa impressão, com pegada firme e alguns desses arranjos que realmente grudam, vide Take me Out e a ótima Darts of Pleasure.

Mas os caras evoluíram bem e o segundo trabalho é daqueles que se fica um mês escutando sem cansar, com uma excelente mescla de pancadas e calmarias, arranjos criativos e a energia de sempre. Dá para escutar o cd inteiro sem ter vontade de pular uma música sequer, mas ainda assim se destacam: This Boy, Walk Away, I´m Your Villian, Fade Together e Outsiders, que são dessas que quando acabam a gente poe para tocar de novo. O melhor disco do ano até aqui, sem dúvidas.


Saturday, March 25, 2006

Underworld Evolution - nota: 5

Bem, não vou gastar muito os dedos para falar deste filme. Bastaria dizer que ele cumpre o que promete: boas cenas de ação e uma história que ao menos entretém.

O enredo segue a linha do primeiro filme, vampiros e lobisomens sempre em guerra e as conspirações na sociedade dos vampiros... No entanto
este segundo filme é bem mais sangrento e violento, pelo menos no que me recordo do primeiro, e os efeitos especiais deram um salto de qualidade (ah, o que um orçamento maior nao faz!!).

Enfim, não há muito mais a dizer que não estrague surpresas do filme. É bom para assistir em dias que não se está afim de histórias muito intensas ou enredos profundos. Um bom filme-pipoca, para relaxar vendo cenas de ação e Kate Beckinsale vestindo roupas de couro coladas.

Match Point - nota:7

A primeira cena do filme mostra a que ele veio, mostra uma bola de tênis batendo na fita. Então ela tem dois lados para cair, um deles é a consagração, outro é a derrota. O que faz cair em um lado ou outro? Sorte.

As pessoas não prestam atenção na quantidade de coisas que acontecem na vida simplesmente por sorte. E como o futuro e todo o resto depende em grande parte de variaveis que não podemos prever ou controlar.

Com razão, esta idéia é bastante incômoda para a maioria das pessoas, senão não haveria sentido em realizar tantos esforços ao longo da vida. Aparentemente, alguém deve ter tido grandes dificuldades em defender este ponto de vista em alguma mesa de bar e resolveu fazer um filme com o propósito de demonstrar tal teoria.

Match point no fundo é isto, e surgiu uma história consistente para ilustrar. O filme, bem dirigido por Woody Allen, é todo rodado em um cenário inglês com atores ingleses, exceto pela ótima Scarlett Johanson, que aliás está novamente absurda...

Não vou entrar no mérito da dúvida do protagonista entre a inglesinha rica e sem graça, e a aspirante a atriz americana, isto acaba ficando como pano de fundo na idéia central do filme.

Não gostei do final, talvez por ser mais uma dessas pessoas que se incomoda com a excessiva participação da sorte na vida.

Saturday, March 18, 2006

Só estou escrevendo este post para testar o layout.