Thursday, April 20, 2006

O Albergue (Hostel) - Nota 6

O status de Quentin Tarantino em hollywood é realmente invejável. Qualquer filme que ele seja diretor, produtor, produtor executivo, assistente, co-assistente ou ator coadjuvante merece um olhar mais cuidadoso. O cara virou uma espécie de Midas.

Por isso o cartaz de 'O Albergue' tem seu nome em letras garrafais, apesar dele ser apenas produtor do filme. E para começar a conversa, este filme não chega aos pés de Kill Bill, Pulp Fiction e companhia. Ainda assim, não é ruim.

O filme começa em Amsterdam, onde encontramos três mochileiros, dois americanos encontram um irlandês ou islandês. Como bons jovens de vinte e poucos anos, tudo que eles querem em uma viagem dessas resume-se a bebidas, baladas e mulheres (não necessariamente nesta ordem). Então, em um albergue, encontram um sujeito que lhes dá uma dica, um albergue em um país do leste europeu, onde mulheres abundam.

Após pensar meia vez, os três resolvem conhecer o albergue. Eles encontram uma dessas cidades que pararam no tempo, com fábricas abandonadas, ruas silenciosas e gangues infantis. Além disso, deparam-se com um albergue repleto de.. mulheres sensacionais! Neste momento você pensa ter entrado na sala errada, de um cine pornô. Calma, você está na sala certa e o terror vai começar...

Acontece que nesta cidade existe uma 'empresa', cujo negócio consiste em sequestrar estrangeiros, subjugá-los e vender o produto 'tortura' para donos de muito dinheiro e mentes distorcidas. E um genuíno estadunidense é o produto mais valorizado (que bom que os americanos sabem que são detestados). Bom, depois aparece muito sangue e cenas não lá muito agradáveis para quem acabou de jantar. São dedos, pernas, olhos e principalmente sangue para todo lado. Faz-se basicamente tudo o que você gostaria de fazer com aquela maldita banda de rock, aquela que ensaia músicas mal-formadas no apartamento bem acima do seu, e que sabe exatamente os horários que você gostaria de descansar. Quero dizer, gostaria, mas nunca realmente faria... Ou não?

E o que tudo isto tem de mais? Nada, e esta é a graça. O filme não tem pretensões, e quem vai assisti-lo também não. Mas depara-se com uma obra que se destaca dentro deste gênero saturado, de filmes recentes como Jogos Mortais, Casa de Cera, Terror e Horror não sei aonde...

O filme tem suas qualidades, e talvez seja nestas horas que se percebe a mão de Tarantino:

- Cria-se empatia com os mochileiros, realmente os caras são gente boa!
- A cidade escolhida não poderia ser melhor, cidadezinhas americanas não são suspreendentes.
- Existe história, dá até para fazer algumas reflexões sobre a índole humana. De leve.

1 comment:

Anonymous said...

Irei assistir esse filme assim que puder, nao sabia que tinha a maozinha do Tarantino no filme!