Thursday, April 20, 2006


V de Vingança - nota 6

Confesso que eu sofro de uma certa síndrome de blockbuster. Existe uma certa tendência de eu não gostar muito dos filmes que eu mesmo aguardo com ansiedade. Daqueles que a gente fica lendo as notícias de desde muito antes da estréia, vê teasers, posteres, entrevistas com atores e diretores.


O fato é que cria-se uma expectativa, que sempre pode ser frustada se não me deparo com um filme realmente marcante. Na maioria das vezes os filmes não são ruins, às vezes são até bons, mas saio da sala com aquela sensação de 'poxa, então é isso!?'. O chato da história é que isto é tanto desagradável quanto inevitável.

Bom, toda esta enrolação é para começar a falar de V de Vingança.
O cenário é interessantíssimo. Estamos na Inglaterra em um futuro próximo. O país agora tem um governo totalitarista, e a calma é mantida na base da opressão e violência, com direito a toque de recolher e controle do estado sobre os meios de comunicação.

Sem mais delongas nos são apresentados V e Evey. V é um revolucionário de origem misteriosa e que está sempre com uma máscara, que provavelmente todo mundo já viu a esta altura. Chamo V de revolucionário, pois chamá-lo de terrorista tenta criar um alarde desnecessário sobre o filme, não vejo as coisas assim. Evey é uma pacata cidadã que logo encontra V, e também testemunha a explosão de um famoso monumento público. Comentário (des)necessário: Natalie Portman provou que fica bem até careca.


Então o filme vai aos poucos mostrando a história de V, e ao mesmo tempo mostra a evolução da revolução (com o perdão do trocadilho) pretendida por este, além da aproximação dele com Evey.

O enredo é bem trabalhado? Sim.
Efeitos especias são convincentes? Sim, mas não assista o filme por causa deles, são poucos e guardados para bons momentos.

O filme fica monótono? De maneira nenhuma.

Final? Apoteótico, mas não lá muito surpreendente.

O que não me convenceu no filme foi, primeiro, a formação de V, sua história e motivos. Não me empolgou. Segundo, o filme acaba e você percebe que a história é, no fundo, uma simples e fraca crítica a governos atuais. Não conheço os quadrinhos originais, mas parece que a famosa 'adaptação do roteiro' força demais ao dar o ar de contexto comtemporâneo. De repente assistir a um filme do Michael Moore adiciona mais nesse sentido.

1 comment:

Anonymous said...

Nossa..mas a minha amiga falou que o filme é demais..super inteligente e talz e que eu não deveria deixar de assitir, mas agora que li o seu coments, confesso que dei uma desanimada!!
vale a pena ou nem?