Thursday, February 07, 2008

Teste 1

Teste 1

Saturday, June 23, 2007

Momento Ranheta: O Ataque das Seqüências Malditas


“Já viu o novo do Shrek? E o Piratas do Caribe 3? Como não, você não viu os primeiros?”. Ultimamente tenho ouvido muito isso. Ouvi tanto que comecei a pensar sobre essa onda de continuações que nos assola. Desde que eu me conheço por gente existem seqüências dos sucessos, e não há nada de errado nisso. O problema é que ultimamente o número delas passou da medida. Só vejo franquias em cartaz. Listando somente as estréias das últimas semanas:

- Homem-Aranha 3.

- Piratas do Caribe 3.

- Shrek 3.

- Onze Homens e um Segredo 3.

- Quarteto Fantástico 2 (estréia dia 29).

Não quero discutir por que os estúdios gostam tanto dessas franquias. Todos as adoram, elas lotam cinemas, geram receitas astronômicas. Para gerir estas minas de ouro, a fórmula utilizada sempre foi explorá-las até que se esgotem. Leia-se: até que saia um filme tão ruim que se torne um fracasso de bilheteria, mesmo com a empatia e expectativa criada sobre os personagens.

Para explicar o aumento no número das continuações eu só vejo duas hipóteses, ou os estúdios estão fazendo melhores seqüências ou o interesse do público neste tipo de filme está crescendo. A primeira provavelmente não é verdadeira, já que a queda da qualidade depois do original é uma tendência natural. A criatividade vai se esgotando, as novidades também e o resultado geralmente é frustrante. Vide Homem-Aranha 3.

Então o que eu estou realmente tentando entender é por que o público gosta tanto de ver a mesma história repaginada. Neste ponto ainda não tenho uma opinião formada. Tem algum marketeiro, psicólogo ou palpiteiro de plantão na platéia deste humilde blog?

Peço ajuda ao marketeiro porque acredito que existe um efeito de marketing acumulado, fortalecendo a marca dos filmes, e ao psicólogo porque acho que há algo subconsciente envolvido. Veja, é mais “seguro” assistir algo que já se conhece. Evitam-se surpresas potencialmente desagradáveis. Além disso, acho que uma pessoa se sente obrigada a assistir as continuações de um filme que viu e gostou. Ou seja, as pessoas não têm opinião própria e a sociedade provavelmente está ficando mais medíocre.

Mas mediocridades à parte, minha reclamação é que essas franquias de qualidade duvidosa tiram espaço de grandes filmes com idéias originais. E não estou me referindo a belos dramas franceses ou cinema iraniano não. Estou falando de filmes de Hollywood, com boa divulgação e em exibição no cinema mais próximo. Um bom exemplo é o ótimo “Mais Estranho que a Ficção” (prometo resenhá-lo em breve), que chega em DVD sem o desempenho esperado nas bilheterias.Tenho a sensação que o grande público só vai ao cinema para assistir franquias de sucesso. E isto significa menos estímulo a produções originais.

Fim do momento ranheta. Voltamos à programação normal.

Sunday, June 17, 2007

O Grande Truque X O Ilusionista
"The Prestige" x "The Illusionist"

Os estúdios de Hollywood certamente têm bons espiões. Sempre que surge uma boa idéia, alguém vai lá e copia, e é por isso que de vez em quando aparecem alguns filmes irmãos, com o mesmo tema e lançados quase simultaneamente. Aconteceu com as animações Vida de Inseto e Formiguinhaz (1998), com os blockbusters Armageddon e Impacto Profundo (também 1998) e vários outros. No fim das contas não importa quem teve a idéia original, já que os roteiros acabam seguindo linhas diferentes. O problema é que depois de um tempo as histórias acabam se fundindo, pelo menos na minha cabeça. Qual dos dois era com o Bruce Willis mesmo?!? Por isso desta vez resolvi inovar com uma resenha dupla, com análise e comparação dos dois filmes de mágico de 2006: O Grande Truque e O Ilusionista.

O Elenco: Os dois filmes têm grandes atores no elenco. O Ilusionista é ancorado pelos sempre competentes Edward Norton (dispensa referências) e Paul Giamatti (Sideways) e embelezado por Jessica Biel (Blade – Trinity). O Grande Truque conta com Hugh Jackman (X-Men) e Christian Bale (Batman Begins) nos papéis principais, além de Michael Caine e a bonitinha Scarlett Johansson (é, eu sei, de novo…). Seria vantagem para O Ilusionista, não fossem as participações de Andy Serkis, o Gollum do Senhor dos Anéis num papel de humano, e de David Bowie como o cientista Nikola Tesla em O Grande Truque. Declaro empate técnico neste quesito.

Direção: O Ilusionista tem o desconhecido Neil Burger, que não compromete. O Grande Truque é conduzido por Christopher Nolan (Amnésia, Batman Begins). Ponto para o Truque.

Roteiro resumido:

- Em O ilusionista, o grande mágico Eisenheim (Norton) desafia a nobreza local pelo seu grande amor, a Duquesa Sofie (Biel), que tem casamento marcado e obrigado com o Príncipe Leopold. A historinha é conhecida, mas Eisenheim vai se utilizar de meios surpreendentes e elegantes para despistar as atenções.

- O Grande Truque é centrado na disputa de ego entre dois mágicos, Robert Angier (Jackman) e Alfred Borden (Batman digo, Bale), desde o início das carreiras até o desfecho, e as conseqüências trágicas desta competição para ambos. Os dois passam o filme tentando destruir a carreira, a moral e a vida do outro.

Logicamente que para ter um efeito “a arte imita a vida”, ambos os filmes tentam incessantemente enganar o espectador. Aquela coisa “preste atenção em outro lugar”... Claro que isto só torna esses filmes mais interessantes. O Ilusionista tem uma narrativa linear e um roteiro simples e competente. Tem um ar intimista e o amor como tema principal, deixando as mágicas em segundo plano e sem explicações.

O Grande Truque dá uma de Mister M. e explica como são realizadas as magias, que têm papel importante na trama, especialmente o ato “O Homem Transportado”. A narrativa é totalmente não linear, alternando flashbacks e flashforwards aos retalhos todo o tempo. Assim temos um filme mais complexo, difícil de digerir, mas o resultado final é grandioso, de ficar embasbacado mesmo. É um filme mais sobre atos e conseqüências.

Na avaliação final, 9 para O Truque e 7 para Ilusionista. São dois bons filmes, mas o primeiro é de longe mais surpreendente e desafiador. O Grande Truque te deixa perdido até o fim, já o Ilusionista deixa muitas pistas. Minha impressão é que O Ilusionista vai agradar mais as mulheres, enquanto O Grande Truque, mais os homens. Na dúvida faça uma sessão dupla e assista os dois, vai valer a pena.


Um bom ano ("A good year") - Drama - Nota 6

Um filme leve, porém não menos interessante... (continua)















Para quem leu o post abaixo (de "Rogue Trader") e de alguma forma se interessou pelo filme, vale assistir esta película de Ridley Scott. Diretor do excelente Gladiador ("Gladiator"), Scott prova mais uma vez seu conhecimento (inquestionável) em explorar histórias profundas de seus personagens. Em vez de discorrer sobre os costumes da Itália medieval, agora o palco é a França (e Inglaterra) do século XXI.

O filme conta a história de Max Skinner (Russel Crowe), um superstar do mercado financeiro londrino: sem escrúpulos e ambicioso ao extremo, Russel parece ter encontrado no topo da pirâmide britânica seu status quo de felicidade: seu sucesso do trabalho que todos o chamam de Maxmillion (=Max-milhão). Pois o ano que se segue provará que seus valores são outros...

Um certo dia, Max recebe um fax informando da morte de seu tio Henry (Albert Finney), um parente que há muito não via e que foi, em sua infância, seu mentor/criador. Max, como seu único herdeiro é chamado para cuidar de seu legado: uma decadente (e não menos interessante) vinícola no sul da França. Max, após hesitar algumas vezes (devida à sua agenda lotada) decide ir à França, disposto a se desfazer (e porque não, lucrar?) com a vinícola de seu falecido tio.

Essa viagem, que inicialmente iria durar somente alguns poucos dias, acaba durando mais do que o programado, deixando em Max um ano de inúmeras descobertas e reflexões. Porque ele fica na vinícola? O que faz um "animal" do mercado financeiro se estabelecer em um local tão inóspito? O bucolismo francês teria atraído Max? São perguntas que valem ser respondidas somente assistindo o filme.

Vale destacar no filme todas digressões que trazem à tela a infância de Max com seu tio. Ali na vinícola ele aprendeu todos valores morais, viveu momentos inesquecíveis etc.. As lembranças da piscina do local, das partidas de tênis, de seu relação com o caseiro, todos esse elementos fazem do filme um tanto quanto interessante. Max provalvemente não sabe, mas ali, naquele pequeno pedaço de terra, foi o único lugar em que ele realmente foi feliz.

Quanto ao (falso) moralismo que o filme tenta nos impor, ao descrever uma mudança tão radical de comportamento de Max eu fico com meu eterno ceticismo. Não acredito em grandes modificações de caráter, não acredito que esta história poderia ser verídica, porém também não tiro o meríto do filme, que é simples: entretenimento e reflexão. Enfim: recomendo assistir... =)

Links:

http://www.agoodyear.com
http://adorocinema.cidadeinternet.com.br/filmes/bom-ano/bom-ano.asp
http://www.imdb.com/title/tt0401445/

Saturday, June 16, 2007


A fraude ("Rogue trader") - Drama - Nota 6

Quanto as bolsas subiram hoje? Qual é a cotaçao atual do dólar? Qual a taxa de crescimento da economia americana?

Se você responder de "bate pronto" todas as questões acima com certeza irá adorar este filme...











Baseado na história de Nick Leeson (Ewan McGregor), este filme narra a ascensão (e queda) de um mito no mercado financeiro. Nick começa a história como escrituário no Barings Bank, um antigo e tradicional banco inglês. Nick, diferente da maioria, não pretende continuar como empregado e se dedica full time ao serviço no banco..Sua ambição acaba o levando a uma promoção: um posto em Singapura, para cobrar antigos devedores do banco. Aproveitando a situação, Nick faz um excelente trabalho e neste meio tempo conhece sua colega de trabalho: Lista (Anna Friel). Os dois deixam de lado todo (falso) moralismo existente nas relações de trabalho e se envolvem amorosamente. Essa relação acertadamente não é o ponto principal do filme..

Nick, após seu bom trabalho, recebe um convite para comandar uma recém inagurada operação em bolsa do Barings Bank em Sigapura. Aquele que era seu maior sonho, trabalhar "diretamente" no mercado, se torna realidade em pouco tempo... Ele compõe uma equipe de jovens (e extremanente inexperiente) operadores e começa seu serviço. A operação em si começa com uma série de erros estruturais: como é pequena, ninguém faz auditorias e Nick tem total liberdade em seus agressivos movimentos.

Agora vem uma parte que poucos irão compreender: Nick é um trader (vulgo operador) de mercados futuros. Como tal, ele se expõe a um risco muito maior que o dinheiro que tem em mãos. Explicar esse tipo de operação não é o foco do filme (nem desta resenha), mas é ponto prinicipal para entender o decorrer do filme. Nick, com sua incalculável ambição, não aceita perder e acaba por cada vez mais se "afundar" em posições (leia-se: investimentos) que ele não tem como saldar. É a ambição desenfreada dele que começa a chamar a atenção na matriz do Barings em Londres.

Não demora muito e os problemas começam a aparecer... O restante da história creio que vale o leitor assistir e julgar. Vale lembrar que esta história é verídica e isso sim é o mais interessante: apesar de ser um filme, narra com precisão a euforia do mercado financeiro.

Nos dias atuais, onde todos acham no Brasil que a Bolsa de Valores é uma grande mina de dinheiro, onde cada cidadão por menor que seja seu conhecimento, quer comprar ações, é importante que se entenda a mensagem do filme...Eu diria que é um filme interresante, nada além disso (especialmente para leigos).

Para terminar vale lembra uma frase do célebre economista norte-americano Miltron Friedman: "There is no free ride" (algo como "nada vem de graça)..

Links:

http://www.imdb.com/title/tt0131566/
http://adorocinema.cidadeinternet.com.br/filmes/fraude/fraude.asp

John e June ("Walk the line") - Drama - Nota 7


Uma agradavel surpesa este filme...














Quando vi que este filme iria passar na TV a cabo, simplesmente não lhe dei a atenção que deveria. A julgar pelo nome, pelo trailer, em nada me atraida esta história. Eis que eu estava buscando pela internet e descobri que, na verdade, este filme havia sido inúmeras vezes premiado (ex: Reese Whiterspoon ganhou o Oscar de melhor atriz com ele) e resolvi arriscar.

Não sou daquele tipo de pessoa que gosta de filme de época, muito menos histórias melosas de amor. E é isso que realmente me espantou nesta película. A história se passa nos 60 e conta toda trajetória, dos bons aos maus momentos, do lendário cantor americanos Johnny Cash. Personagem ímpar da fonografia norte-americana, Johnny Cash é BRILHANTEMENTE interpretrado por Joaquin Phoennix (de "Signs", "8mm", "Gladiator") e sua amada/odiada mulher (June Carter), também muito bem represantada por Reese Whiterspoon (de "Legally Blond"). Johnny Cash in persona foi quem escolheu os atores. E não poderia ter sido melhor..

A história em si não é tão boa quanto à dramaticidade que os atores conferiram à mesma:
Johnny Cash começou a carreira desacreditado na música, sua família e mulher o repreendiam por considerar que viver de sua música era algo improvável. Eis que Johnny não desiste e consegue um horário em um estúdio de gravação. Após isso, creio que vocês já conseguem imaginar/prever o decorrer dos acontecimentos: ele desaponta na paradas da Billboard, entra para o (sub)mundo das drogas, comete (inúmeros) adultérios..etc... Neste ponto a mensagem do filme é um tanto quanto moralista e, em minha singela opinião, correta: nada pode salvar alguém de tamanha instabilidade emocional além de um grande e verdadeiro amor. Johnny conhece em sua turnê June Carter, outra cantora folk dos anos 60 e os dois vivem um conturbado e saboroso caso. Em meio às confusões típicas do meio artístico (turnês exaustivas, falta de contato com familiares, etc) John acaba perdendo o seu único e verdadeiro amor: June.

É um filme único em seu nicho por alguns aspectos:
- ter uma biografia assinada e um elenco escolhido pelo prórpio protagonista da história rende uma veracidade que não podemos ignorar
- apesar de ser uma história de amor, não é em nada melosa ou previsível
- as músicas são em minha opinião muito boas, o que rendeu uma ótima trilha sonora (recomendo compra-la/baixa-la)
- a relação de Jonh com seu irmão falecido é tratada de forma sutil, porém eficaz. As memórias de sua morte trazem à tona sempre ótimas tomadas
- Reese Whiterspoon é o patinho feio que deu certo em Hollywood. A atriz se destaca neste filme e em todos os demais que tenho visto por não exagerar em suas feições, por ser fiel ao personagem e por mostrar que não só a beleza (artificial) de algumas atrizes faz sucesso na indústria americana
- o filme é longo, não tão facilmente digerível, e por isso tão interessante..!

Recomendo assistir...[]'s

Links:

http://adorocinema.cidadeinternet.com.br/filmes/johnny-e-june/johnny-e-june.asp
http://hollywood.weblog.com.pt/arquivo/2006/02/walk_the_line.html

Monday, May 07, 2007

Homem-Aranha 3nota 7

No momento em que este post é escrito, Homem-Aranha 3 provavelmente está batendo algum recorde de bilheteria ao redor do mundo. A partir da hora que o terceiro filme do Aranha estreou na última sexta-feira, filas proliferaram-se por cinemas em todos os continentes, tamanha a apreensão por este filme. Não seria para menos, os dois primeiros fizeram grande sucesso, baseando-se em um roteiro redondo e de fácil digestão, efeitos especiais de primeira e uma campanha agressiva de marketing.

E é por causa do marketing que envolve o filme que nem vou perder tempo em descrever a história. A esta altura todos já devem saber do que se trata: Homem-Areia, Duende Verde, Venom, uniforme negro e uma nova mulher na vida de Parker. A grande verdade é que o terceiro filme segue à risca os ensinamentos dos dois primeiros. Os efeitos visuais são magníficos, de cair o queixo mesmo. As cenas de luta são realistas e vibrantes, e a transformação do Homem-Areia é soberba. A propaganda foi tão intensiva quanto dos outros, e o roteiro segue redondo e de fácil entendimento. Talvez até demais.

Claro que esta facilidade no roteiro tem um propósito muito claro, atrair a criançada e aquele pessoal que não costuma freqüentar os cinemas normalmente. A sessão que eu consegui entrar, lotada como todas as outras, tinha uma quantidade enorme de crianças. Mas não é que o personagem exerce um fascínio tão grande na molecada que os pestinhas ficaram calados durante as 2h30 da sessão? Dá para acreditar? Lógico que fazer o filme voltado para este público traz grandes bilheterias, mas acaba tendo um custo na qualidade. Basta compará-lo a Superman Returns, um filme muito mais introspectivo e profundo, mas que não teve tanto sucesso nas bilheterias. É difícil dizer quem está certo nesta história.

Enfim, minha grande decepção em Homem-Aranha 3 foi não ter sido surpreendido em nenhum momento pelo filme. Ele é repleto de diálogos superficiais e cenas um tanto quanto icônicas. Não que essas características não existam nos outros dois, é que neste elas estão mais explícitas, tanto que uma sensação de déja-vu me perseguiu durante toda a sessão. Não que seja um filme ruim, longe disso, é um filme que vale o ingresso, embora não justifique as filas que você terá que enfrentar nos próximos dias. Acredito que todos esperavam mais do desfecho da primeira trilogia da franquia, um marco nos filmes de super-heróis. É como disse o próprio avô de Peter Parker no primeiro filme, a frase que se tornou um chavão da série: Grandes poderes trazem grandes responsabilidades.

Abaixo seguem os nem-tão-tradicionais comentários spoilers do filme. Selecione o texto para ler, sob sua conta e risco.

- Primeiramente, não posso deixar de dizer: O que é aquele visual de EMO??? Péssimo gosto. Ele tendo a conversa mais séria com o Harry e eu caindo na risada...

- Falando em Harry, o rapaz é quase um imortal. A bomba que dizimou o Venom somente fez uma queimadura no rosto dele. To achando que ele não morreu.

- Acho que todos vão concordar comigo nesta. Pior cena do filme, aquela com a bandeira americana ao fundo. No mínimo é cafona.

- Só sei que eu trocaria a Mary Jane pela Gwen Stacy fácil, fácil.

Sugestão Musical: Arctic Monkeys - nota 8

Arctic Monkeys é um conjunto inglês que vem fazendo sucesso, especialmente no próprio Reino Unido. A divulgação da banda se deu de maneira inovadora, e que ilustra bem os tempos atuais: seus singles foram repassados de fã para fã via web, num processo de propaganda viral capaz de criar celebridades instantâneas como a Dona Sônia e o Velho da Uva (não entendeu? procure no youtube...).

O fato é que há um som muito interessante aliado a essa propaganda. Em um mundo dominado por bandas estritamente comerciais de som empacotado, o Arctic Monkeys consegue soar novo mesmo sem ter nada de inovador. Tanto não há inovação que eles lembram muito outros conjuntos de indie rock, como o Franz Ferdinand, e uma boa definição deles seria um Libertines mais criativo e inspirado.

A primeiro disco da banda saiu em 2006, entitulado "Whatever People Say I Am, That's What I'm Not". Entre as músicas, destaque para When the Sun Goes Down. Ainda vale a pena conferir o single Leave Before the Lights Come On, que é na minha opinião a melhor música do grupo. Existe ainda um EP vagando vagando pelas redes P2P, chamado "Who the Fuck are Arctic Monkeys", uma compilação de 5 músicas da época independente. Há poucos dias foi lançado um novo trabalho, "Favorite Worst Nightmare", do qual saiu o clipe abaixo Brainstorm. Além da música, o vídeo também é muito bacana. Confira:

http://www.youtube.com/watch?v=30w8DyEJ__0&NR=1


Mais informações em: http://en.wikipedia.org/wiki/Arctic_Monkeys


Reestruturação do E-Poltrona: uma hora ainda termina... A concorrência vai tremer!

Tuesday, March 27, 2007

Scoop – O Grande Furonota: 8


Scoop é o novo filme de Woody Allen, famoso diretor nova-iorquino. Em Scoop, Allen repete duas boas parcerias de Match Point: com o cenário Inglês e com Scarlett Johansson, declarada sua nova musa. Dizem que o Woody Allen fez o roteiro especialmente para ela. OK, Scarlett é linda, talentosa, competente e tudo mais, mas essa moça anda trabalhando demais! Já estou ficando enjoado de vê-la em tudo quanto é filme! Mas isso não afeta em nada o filme, só queria comentar...

O novo filme é uma divertida e leve comédia, sem grandes pretensões além de divertir e entreter, diferentemente de Match Point. E quem disse que isso é ruim? Scoop cumpre seu papel com maestria, com piadas inteligentes e comédia de situação como não se via desde Little Miss Sunshine. Não há as piadas prontas dos filmes comerciais de hoje, como referências a gases, esteriótipos ou sátiras baratas. Neste sentido, Scoop chega a ser um alívio para a comédia.

O início tem tom enigmático, há várias pessoas em um barco, navegando por águas turvas e com fundo escuro. Então nos deparamos com a dona Morte. Em uma conversa entre dois “mortos”, um ex-jornalista descobre que Peter Lyman, o filho de um famoso magnata, provavelmente é um serial killer. Este seria o furo de reportagem do século (furo, neste sentido em inglês: Scoop!). Que diferença faria? Agora ele já estava morto de qualquer modo.


De volta à realidade, Scarlett vive Sondra Pransky, uma estabanada estudante de jornalismo, desajeitada e com óculos no rosto. Quase uma nerd. Um belo dia, ela assiste a um show de mágica e é escolhida como a candidata da platéia para desaparecer em uma cabine. No entanto, enquanto se procede a “mágica”, algo realmente surpreendente acontece: o fantasma do tal jornalista se materializa em sua frente! Ele conta os detalhes do caso, e pede a ela que procure as provas e publique a história. Então se inicia a busca pela matéria, mas para isto ela deve se envolver com o possível assassino, vivido por Hugh Jackman (isso mesmo, o Wolverine). Sondra não está sozinha nessa, ela tem a ajuda do atrapalhado mágico, interpretado pelo próprio Woody Allen, que está absolutamente impagável no papel. Allen é um show à parte no filme.


Em seguida há diversas seqüências engraçadíssimas em busca da verdade sobre Peter. Claro que não é preciso dizer que nem tudo é o que parece, e que há um romance pronto para desabrochar. Mas não há motivos de preocupação, não existe a menor intenção deste filme em ser um suspense, muito menos uma comédia romântica água com açúcar. Scoop zomba disso também, pois é simplesmente uma comédia. Literalmente.

Wednesday, March 14, 2007

300 - nota 4

É, depois de mais de 6 meses de inatividade venho aqui contribuir com meus colegas.

"Trezentos"(menos estranho do que 300) é a mais nova empreitada hollywoodiana, um filme de ação sobre a tão famosa e "realista"(baseado nos contos q foram baseados no relato de um dos políticos da época q ouviu de um soldado q supostamente participou do momento histórico) estória da Batalha de Thermopylae em 480 A.C. É, como vcs podem notar, não tem nada de famoso ou verdadeiro sobre nossos colegas Espartanos.

A história do filme é nula. 300 Espartanos liderados por seu Rei Leônidas (Gerard Butler) contra não-sei-quantos-mil Persas liderados por Rodrigo Santoro (Yes, o Paulo de "Lost"), encarando um afeminado Imperador Persa chamado Xerxes. Bom, durante o filme foi percebendo e desenhando um paralelo com a situação da Guerra do Iraque. Sim, assim como na Guerra do Iraque os Espartanos estão lutando pela liberdade e pela democracia. Sim, assim como na Guerra do Iraque o Rei dos Espartanos vai à Guerra sem o apoio do Congresso, e sim depois o Congresso volta atrás e decide mandar mais tropas contra os Persas depois de ser tarde demais. Não sei se é porque estou nos EUA agora que isso me chamou muito a atenção...mas prestem atenção nisso. Interessante, porém nenhuma novidade. Além de tudo, não sou muito fã do culto à ignorância, nem à pátria, ideais que são sagrados no filme.

Pô, será que foi tão ruim assim? Não... gostaria de dividir a nota do filme em dois critérios, a história em si (peso 6,0, nota de "Trezentos"=0) e os efeitos especiais, sonoros e ação em geral (peso 4,0, nota de "Trezentos"=4,0). Sim, em termos de ação e efeitos o filme é fantástico, uma versão melhorada de "Sin Ciy", de mesmo autor, Frank Miller. As cenas são fantásticas, toda a violência e os efeitos de slow motion são realmente mto interessantes. A comparação com video games é válida e construtiva.

Então, vai minha sugestão...defina o q vc quer do filme, ação ou uma estória interessante, e você não se decepcionará. Ou irá ao Cinema e sairá feliz, ou não irá e ficará contente em não ter gastado seu dinheiro.


P.S.: Agora vai, vou fazer o máximo pra escrever mais!!!