Sunday, June 17, 2007


Um bom ano ("A good year") - Drama - Nota 6

Um filme leve, porém não menos interessante... (continua)















Para quem leu o post abaixo (de "Rogue Trader") e de alguma forma se interessou pelo filme, vale assistir esta película de Ridley Scott. Diretor do excelente Gladiador ("Gladiator"), Scott prova mais uma vez seu conhecimento (inquestionável) em explorar histórias profundas de seus personagens. Em vez de discorrer sobre os costumes da Itália medieval, agora o palco é a França (e Inglaterra) do século XXI.

O filme conta a história de Max Skinner (Russel Crowe), um superstar do mercado financeiro londrino: sem escrúpulos e ambicioso ao extremo, Russel parece ter encontrado no topo da pirâmide britânica seu status quo de felicidade: seu sucesso do trabalho que todos o chamam de Maxmillion (=Max-milhão). Pois o ano que se segue provará que seus valores são outros...

Um certo dia, Max recebe um fax informando da morte de seu tio Henry (Albert Finney), um parente que há muito não via e que foi, em sua infância, seu mentor/criador. Max, como seu único herdeiro é chamado para cuidar de seu legado: uma decadente (e não menos interessante) vinícola no sul da França. Max, após hesitar algumas vezes (devida à sua agenda lotada) decide ir à França, disposto a se desfazer (e porque não, lucrar?) com a vinícola de seu falecido tio.

Essa viagem, que inicialmente iria durar somente alguns poucos dias, acaba durando mais do que o programado, deixando em Max um ano de inúmeras descobertas e reflexões. Porque ele fica na vinícola? O que faz um "animal" do mercado financeiro se estabelecer em um local tão inóspito? O bucolismo francês teria atraído Max? São perguntas que valem ser respondidas somente assistindo o filme.

Vale destacar no filme todas digressões que trazem à tela a infância de Max com seu tio. Ali na vinícola ele aprendeu todos valores morais, viveu momentos inesquecíveis etc.. As lembranças da piscina do local, das partidas de tênis, de seu relação com o caseiro, todos esse elementos fazem do filme um tanto quanto interessante. Max provalvemente não sabe, mas ali, naquele pequeno pedaço de terra, foi o único lugar em que ele realmente foi feliz.

Quanto ao (falso) moralismo que o filme tenta nos impor, ao descrever uma mudança tão radical de comportamento de Max eu fico com meu eterno ceticismo. Não acredito em grandes modificações de caráter, não acredito que esta história poderia ser verídica, porém também não tiro o meríto do filme, que é simples: entretenimento e reflexão. Enfim: recomendo assistir... =)

Links:

http://www.agoodyear.com
http://adorocinema.cidadeinternet.com.br/filmes/bom-ano/bom-ano.asp
http://www.imdb.com/title/tt0401445/

2 comments:

Anonymous said...

É theo... superstar do mercado londrino... mito do mercado financeiro!!!

Ta sortindo bem os tipos de filme hein?

Joel Pinheiro said...

Olá, Theo.

Ah... os caráteres podem mudar sim!

Já leu as Confissões, de Sto. Agostinho? Mudanças...

Bom, quanto ao filme, vi e detestei. Simples assim.

Heh, gostei do blog!
Volte a escrever nele! Tem potencial!

Abraços