Tuesday, October 24, 2006

Little Miss Sunshinenota 7,5

Em uma época em que as comédias estão cada vez mais banalizadas, um filme inteligente como Pequena Miss Sunshine é de encher os olhos. Logo nos primeiros segundos dele, somos rapidamente apresentados à familia Hoover, que é composta basicamente por:


  • Olive, uma pequena garotinha, que tem obsessão por concursos de Miss.

  • Dwayne, um adolescente esquisitão, que fez voto de silêncio.

  • O vovô, viciado em heroína desde que foi expulso do asilo.

  • Richard, o pai da família, que dá palestras sobre como se tornar um vencedor.

  • Sheryl, a mãe, que tem como função deixar a família em pé.

  • Frank, irmão de Sheryl, um homossexual suicida.


Logo que se identificam os problemas internos da família (que não são poucos), Olive recebe uma notícia fantástica: ela fora convidada para o consurso Pequena Miss Sunshine, e teria a grande chance de realizar seu sonho. Mas os problemas logo aparecem, o concurso seria realizado do outro lado do país, e não há dinheiro para uma viagem de avião. Vovô tem que ir, pois ele ensinara os passos para a pequena miss, mamãe tem que cuidar de Frank, para que ele não tente novo suicídio, Richard é o único que pode dirigir a Kombi da família, e Dwayne não pode ficar sozinho. Solução prática: vão todos ao 24° concurso Little Miss Sunshine!


A partir de então se inicia um road-movie de situações embaraçosas e engraçadas, com os Hoover atravessando o país para levar Olive ao Little Miss Sunshine, incluindo cenas engraçadíssimas com a Kombi que só funciona a partir da 3ª marcha e com a apresentação da menina no concurso, que sem dúvida é singular.


A grande sacada deste filme é não superficializar seus personagens. À medida que o tempo passa, cada um vai ficando mais complexo, mais longe das caricaturas iniciais. E isto diferencia o filme de “sessões da tarde” pastelão. Sim, Pequena Miss Sunshine é muito engraçado, oras com humor fácil, oras com sutileza, mas é sobretudo um filme sobre aceitação de si próprio. Este filme independente foi a grande sensação nos primeiros dias do Festival de Sundance de 2006.

1 comment:

Theo said...

acho que merecia um 8. Gostei.